A cultura devora a estratégia no café da manhã
- Clilson Filippetti

- Aug 20
- 2 min read

Tenho o hábito de ler diariamente — uma disciplina que me leva a buscar, todos os dias, um novo aprendizado: um tema inédito, um assunto desafiador ou uma perspectiva diferente. Ao mesmo tempo, gosto de revisitar obras e autores que marcaram minha trajetória. Cito como exemplo, O Legado Vivo de Peter Drucker, de Craig L. Pearce, Joseph Maciariello e Hideki Yamawaki, uma obra que oferece uma nova visão sobre o mundo dos negócios contemporâneos.
Peter F. Drucker, nascido em 19 de novembro de 1909, em Viena, e falecido em 11 de novembro de 2005, na Califórnia, foi um dos pensadores mais influentes da história. Autor de mais de 30 livros, é considerado o pai da administração moderna. Seu pensamento ia além do lado técnico da gestão: ele valorizava o fator humano e compreendia o papel social das empresas e das pessoas que nelas atuam. Para Drucker, o trabalho do administrador envolve planejar, organizar, ajustar, medir e formar pessoas.
Uma das frases mais conhecidas de Drucker — que também é o título deste artigo, “A cultura devora a estratégia no café da manhã” — ressoa com frequência nas conversas que tenho com acionistas e donos de empresas.
Muitos reconhecem com precisão os erros do negócio, identificam falhas críticas, apontam processos que precisam ser revistos e apresentam uma estratégia robusta para mudar o cenário. Mas, na prática, não alteram o próprio comportamento. E, quando isso acontece, a cultura profundamente enraizada no DNA da organização engole qualquer estratégia antes mesmo que ela chegue à mesa do café da manhã.
E o que fazer diante desse desafio?
Deixe a conversa inicial fluir: O primeiro contato deve ser acolhedor. Pedir ajuda nem sempre é fácil, especialmente para um consultor que, muitas vezes, é um “estranho” para a empresa.
Seja humilde: Reconheça que quem o procurou conhece mais a fundo os problemas internos do que você.
Provoque uma imersão: Conheça a cultura, as pessoas, a história e a rotina. Observe e construa um diagnóstico sólido.
Apresente um plano de trabalho claro: Alinhe expectativas antes de iniciar qualquer ação.
Defina seu papel: O consultor tem prazo de atuação; não está ali para ocupar um cargo permanente.
6. Valorize o cliente: Ajude-o a perceber seus próprios méritos e reconheça os protagonistas. Seja coadjuvante, nunca o ator principal.
7. Mantenha proximidade estratégica: Esteja próximo o suficiente para compreender o problema, mas distante o bastante para manter uma visão objetiva.
8. Acompanhe resultados: Faça um balanço mensal entre o planejado e o realizado.
9. Prepare-se para a próxima demanda: Resolver um problema abre espaço para o próximo.
10. E, por fim: Lembre-se: a estratégia é importante, mas a verdadeira transformação começa quando a cultura é alinhada à mudança. “Não deixe a ansiedade atrapalhar o planejamento”.
Fique bem e até o próximo artigo!







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