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Nike House of Innovation: tecnologia de ponta. Mas onde estão as verdadeiras inovações?

  • Writer: Clilson Filippetti
    Clilson Filippetti
  • Jan 7
  • 3 min read

Updated: Jan 9





Há exatos cinco anos, em 2019, visitei a icônica loja localizada no 650 da 5th Ave., em Nova York. Agora, após mais de 30 dias de visitas intensas a lojas de varejo em Manhattan — uma verdadeira maratona de aprendizado —, não poderia deixar de revê-la. Esta loja foi amplamente comentada na época de sua inauguração e permanece relevante até hoje. Coincidentemente, nos próximos dias terá início o Retail's Big Show 2025 (NRF) no Jacob Javits Convention Center, onde tudo — ou quase tudo — sobre o varejo será debatido.

Concorrência e cenáriosDurante minhas visitas recentes, explorei as lojas da Hoka, On, Lululemon, UNIQLO, Adidas e Puma, alguns dos principais concorrentes da Nike. A partir desse ponto, podemos dividir o tema em duas reflexões principais:


A.   Queda nas vendas:


Notícias recentes não foram favoráveis para a Nike. Segundo o site da Bloomberg, em 27/06/2024, relatou que:


  • “Ações da Nike caem após alerta de que queda nas vendas aumentaram.”


  • “As vendas por meio de site, aplicativo e lojas da empresa caíram 8%, ficando abaixo das expectativas de Wall Street.”


  • “O desempenho abaixo do esperado nos canais próprios de venda da Nike surpreende e preocupa, pois a gigante de artigos esportivos pode estar afastando seus principais compradores devido à falta de novidades.”


O ex-CEO da Nike, John Joseph Donahoe II, que liderou a empresa de janeiro de 2020 a outubro de 2024, comentou: “Daremos prioridade ao esporte, novos produtos e parceiros atacadistas que receberam menos atenção enquanto buscávamos impulsionar nossas próprias lojas e sites.”

 

B.   Loja modelo de excelência:


Com seis andares e mais de 6.000 m², essa loja continua sendo uma referência de inovação e experiência no varejo. Sem dúvida, as delegações participantes do NRF 2025 também incluirão uma visita a este espaço em seus itinerários.

Cada andar da loja oferece experiências imersivas e personalizadas, com destaque para:


  • Speed Shop: Utiliza IA preditiva para monitorar e reabastecer produtos com base no movimento da loja.


  • Instant Checkout: O cliente pode scanear um item com o aplicativo da Nike e pagar diretamente pelo cartão cadastrado.


  • Shop the Look: Permite comprar peças a partir de uma imagem.


  • Scan to Try: Com essa funcionalidade, é possível selecionar produtos para experimentar sem precisar interagir com consultores.


  • Serviços personalizados: Uma central permite agendar compromissos, devoluções e ajustes rápidos. Há também um andar inteiro dedicado à personalização de peças, como cadarços, tecidos e decalques.


Além disso, membros do programa NikePlus Member Unlocks podem reservar itens pelo telefone e retirá-los em armários exclusivos, no horário mais conveniente.

Esse é um case brilhante de como a “omnicanalidade” pode conectar a marca ao consumidor de forma uniforme em todas as plataformas — sites, aplicativos, redes sociais e lojas físicas. A tecnologia foi estrategicamente utilizada para proporcionar uma experiência de compra agradável e sem atritos em toda a jornada do cliente.

Entretanto, mesmo com toda essa inovação, fica claro que uma loja não é suficiente para garantir o sucesso. É essencial que a visão estratégica esteja perfeitamente alinhada com as necessidades do consumidor e da comunidade.


Apesar do exemplo inspirador em relação a “omnicanalidade” , o caso da Nike também traz lições importantes sobre o impacto da falta de visão estratégica, e aqui, chamo a atenção para alguns pontos que foram negligenciados pela gestão da empresa:


  • Não acompanhar tendências e mudanças no mercado.

  • Não ouvir consumidores, comunidades e distribuidores. – “Entender para Atender”

  • Não mapear e monitorar adequadamente a concorrência, incluindo novos entrantes.


A falta de percepção dessas variáveis levou a Nike a uma troca de comando, uma consequência inevitável. Como bem se diz: a lagartixa virou jacaré.


A NRF 2025 com um espaço para aprendizado, abordará um caso tão relevante como este, em que sucesso e insucesso caminham lado a lado? O varejo global precisa de mais reflexões como essa, que mostram que, sem estratégia, mesmo a melhor tecnologia e inovação não são suficientes para sustentar uma marca.


Concorda? Deixe seu comentário!


Fique bem e até o próximo artigo sobre o varejo direto de Manhattan.


 
 
 

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