Whole Foods: um exemplo a ser seguido
- Clilson Filippetti
- Aug 28, 2024
- 3 min read
Sempre que posso, visito lojas de diversos segmentos do varejo. Adoro o que faço, e em minha viagem a Chicago não foi diferente. Já estive em várias unidades da rede Whole Foods em Nova York, Michigan, Boston e, desta vez, fui conhecer a loja localizada na 1550 N Kingsbury St, em Chicago.
Gostaria de compartilhar um pouco da história desta rede, que conta com mais de 500 lojas e é admirada pelos americanos como um verdadeiro case de sucesso. Em 1978, John Mackey e Renee Lawson abriram uma pequena loja de alimentos naturais vegetarianos chamada SaferWay, em Austin. Em 2017, a Amazon adquiriu o controle do negócio, marcando sua entrada no segmento alimentar. Desde a fundação, o propósito da Whole Foods sempre foi oferecer alimentos saudáveis e de qualidade. A Amazon não só respeitou como manteve esse propósito, comercializando produtos sem gorduras hidrogenadas, corantes e conservantes artificiais, além de manter uma mercearia com foco em produtos orgânicos.
Linha do Tempo da Whole Foods
1978: John Mackey e Renee Lawson abrem uma pequena loja de alimentos naturais vegetarianos chamada SaferWay, em Austin.
1980: Mackey e Lawson se unem a Craig Weller e Mark Skiles, fundindo a SaferWay com a Clarksville Natural Grocery.
1981: Após uma grande enchente que devastou a loja de Austin, a Whole Foods, sem seguro, consegue reabrir em apenas 28 dias com a ajuda de vizinhos, funcionários e fornecedores.
1984: A Whole Foods expande para Houston, Dallas e Nova Orleans.
1989: A expansão continua com a abertura de uma loja em Palo Alto, Califórnia.
1992: A empresa realiza sua oferta pública inicial, dando início a uma expansão meteórica que resultou na abertura de 100 lojas até 1999.
2000: Início da terceira década com aquisições das redes Natural Abilities e Thought, na Califórnia.
2002: Compra de três lojas do Harry's Farmers Market em Atlanta e abertura de novas unidades em Toronto, Canadá.
2008: Inauguração do primeiro centro de distribuição na Geórgia.
2013: A Whole Foods já conta com nove lojas no Canadá.
2017: A Amazon adquire a Whole Foods Market, que na época possuía 467 lojas nos Estados Unidos, nove no Reino Unido e 12 no Canadá. Em março de 2020, o número chega a 487 lojas nos EUA, 14 no Canadá e sete no Reino Unido.
2019: Inauguração da maior loja da rede no sudeste dos EUA, em Midtown, Atlanta, com três andares, incluindo restaurante, cafeteria e um terraço na cobertura.
2022: A loja de Austin, Texas, começa a permitir pagamentos via Amazon One, tecnologia que utiliza o escaneamento da palma da mão.
O que mais me chamou a atenção nessas visitas aleatórias à rede Whole Foods foi a padronização dos serviços. Como mencionei antes, visitei lojas em Nova York, Michigan, Orlando, Chicago e Boston. Em todas elas, encontrei um ambiente limpo, bem organizado e com um mix de produtos cuidadosamente selecionado, independentemente do tamanho da loja.
Em Boston, visitei duas lojas; uma delas, localizada em um bairro, tinha um mix de produtos reduzido. Devido à legislação rigorosa para a comercialização de bebidas alcoólicas, essa loja específica não possuía esse setor, mas o restante estava impecável.
O Whole Foods é, de fato, um case de sucesso a ser estudado e copiado. Muitos artigos são escritos sobre a rede, e visitas técnicas frequentes acontecem em suas lojas. Em 2019, quando visitei uma unidade em Nova York, o foco era a tecnologia empregada, as lojas autônomas, a globalização, o cuidado com ESG, e a oferta de produtos saudáveis. No entanto, o diferencial da Whole Foods vai além de tudo isso: eles “fazem o básico bem feito”, mantendo suas lojas bem cuidadas, um mix perfeito, sem rupturas, e um atendimento exemplar, proporcionando uma experiência de compra sem atrito para os consumidores.
Pense nisso !!!
Fiquem bem e até o próximo artigo daqui de Boston.
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