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Gestão: O Alicerce Estratégico

  • Writer: Clilson Filippetti
    Clilson Filippetti
  • Apr 18, 2024
  • 4 min read

Em meus posts anteriores, destaquei a importância de ferramentas como JBP, Business Plan, S&OP e Política de Atendimento, entre outras. Nos próximos, explorarei a relevância da Gestão e da Liderança como os pilares essenciais nas empresas.

De maneira ilustrativa, podemos visualizar um tripé que sustenta as empresas ou as deixa vulneráveis: quando há um desequilíbrio entre Gestão, Liderança (tema para o próximo post) e Processos. Vou detalhar cada um deles.


Começarei explicando o conceito de GESTÃO (tema deste post) como um conjunto de princípios relacionados ao planejamento, organização, controle e direcionamento da empresa para alcançar resultados. Normalmente, na "alta gestão" das empresas, estão envolvidos acionistas, CEOs, presidentes, conselhos de administração ou consultivo, cuja responsabilidade é definir os recursos disponíveis, controlar as despesas e manter a cultura da empresa, preservando seus princípios e propósitos. Estamos no âmbito estratégico da empresa, onde as decisões são tomadas, e cada empresa, devido ao seu tamanho ou perfil, terá sua própria estrutura para a gestão do negócio. Aqui não darei detalhes, mas em breve escreverei alguns posts sobre o tema Conselho dentro das empresas, tentando desmistificá-lo.


Saindo do conceito e partindo para a prática, abordarei aqui alguns pontos que considero importantes e que os gestores devem priorizar. Muitas vezes, nas empresas que assessoro, percebo que os gestores negligenciam esses aspectos, o que resulta em uma empresa desalinhada, cheia de obstáculos e ruídos em todos os níveis. Com frequência, esses ruídos indesejados, como brigas entre acionistas, ultrapassam suas fronteiras. Vamos discutir:


Cultura: Os gestores têm a responsabilidade de manter a cultura enraizada na empresa. A cultura são os princípios e hábitos dos fundadores, que geralmente se perdem com o tempo ou com a troca de liderança, especialmente quando não são bem disseminados por toda a empresa.


Na Prática: Algumas empresas perdem ao longo do tempo a história que as levou até o presente, como o cuidado do fundador com seus colaboradores e a ética e transparência nas condutas comerciais e com fornecedores. À medida que as empresas crescem, tendem a se tornar mais distantes e arrogantes, esquecendo a importância de manter os hábitos simples do seu fundador, como caminhar pela empresa e conversar com os colaboradores.


Direcionamento: Os gestores são responsáveis por manter o ritmo e o alinhamento da empresa, garantindo que todos os colaboradores estejam indo na mesma direção, clarificando os objetivos da empresa, onde ela quer chegar e como pretende fazê-lo, alinhando assim as expectativas de todos e reforçando constantemente seus valores e princípios.


Na Prática: Antes de assinar um contrato de consultoria, costumo iniciar com um diagnóstico, uma imersão na empresa. É comum receber reclamações dos gestores sobre a falta de alcance das metas e, muitas vezes, eles culpam diretores e gerentes. No entanto, ao questioná-los sobre o plano para o ano em curso, como foi estruturado e quem são os responsáveis pela execução, a resposta geralmente é vaga. Ter um plano claro é essencial para o sucesso.


Importância dos KPIs: Quando falamos de metas e objetivos de longo prazo, os gestores precisam definir planos de curto, médio e longo prazo. No entanto, se os KPIs de curto prazo, aqueles que pagam as contas no final do mês, não forem bem definidos e controlados, será impossível ter uma visão de médio e longo prazo da empresa e seu mercado.


Na Prática: Algumas empresas não têm uma previsão clara do que venderão no mês ou da receita esperada no dia 30 do mês. Isso as leva a correr para faturar no final do mês a qualquer custo para negociar suas duplicatas com os bancos. É responsabilidade dos gestores cobrar de suas equipes planos de vendas, orçamentos e planos de produção bem estruturados.


Gestão de Recursos: Toda empresa precisa cuidar de seu caixa, ter credibilidade nas contas a pagar e previsibilidade nas contas a receber. Deve haver um equilíbrio nessa operação, pois é do caixa excedente que a empresa reinvestirá em sua expansão.


Na Prática: Isso é crucial em empresas familiares, onde o caixa muitas vezes se confunde com o pró-labore dos acionistas. Os gestores, especialmente o Conselho, desempenham um papel fundamental como guardiões do negócio, da família e da propriedade, garantindo o respeito a esses fundamentos.


Evitar Ruídos: Conversas paralelas, fofocas e disse-me-disse são prejudiciais para qualquer empresa. É responsabilidade dos gestores evitar esses ruídos, fornecendo orientação clara sobre o que precisa ser feito, como e quando. Decisões fundamentadas e uma equipe treinada e motivada são essenciais para evitar interferências desnecessárias no dia a dia.


Processo Sucessório: Os gestores são responsáveis por cuidar dos processos sucessórios em toda a empresa, especialmente para cargos de direção. Isso garante a continuidade da empresa diante da saída de um sócio, presidente ou CEO.


Na Prática: É essencial não ter pressa na contratação, definindo claramente o perfil do profissional e suas competências, alinhando as expectativas da empresa e do profissional. Se o sucessor for da família, o processo deve ser igualmente rigoroso, com o Conselho desempenhando um papel decisivo no processo de transição e apoio nas decisões estratégicas.


Processo de Integração: Muitas empresas negligenciam o processo de integração de novos membros da equipe. Ter um plano formal de integração é crucial para o sucesso do novo membro e da empresa.


Estes são alguns pontos que considero relevantes e que requerem atenção dos gestores. Concorda? Deixe seus comentários. No próximo post, abordarei a importância da liderança como a engrenagem motora dentro das empresas.



 
 
 

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